Sejamos sinceros... A voz de Chris Barnes sempre foi uma das mais míticas e brutais vozes no que toca ao Death Metal. Ninguém lhe tira o mérito dos primeiros grandes trabalhos nos Cannibal Corpse, mas com os seus Six Feet Under, parece que a coisa estava difícil de atinar. E após oito álbuns de estúdio sem grande qualidade e três álbuns de covers mal recebidos, já era tempo de haver alguma coisa de padrões superiores.
Para mim houve alguns temas engraçados mas a banda nunca teve um grande trabalho... Até este "Undead" chegar, depois de dezanove anos de carreira o que é bastante. Muito disso na minha opinião deveu-se à renovação no line-up dos SFU. O novo e muito superior baterista Kevin Talley (ex-Dying Fetus, ex-Chimaira, ex-Suffocation, etc) e a inclusão do excelente Rob Arnold (ex-Chimaira) nas guitarras (que também ficou a cargo do baixo neste disco) pareceu favorecer muito naquilo em que os Six Feet Under pecavam: O instrumental.
Se antes os temas soavam desinteressantes e as vezes até pouco trabalhados, tudo agora soa mais inspirado e brutal. Riffs de guitarras muito melhores e uma bateria muito mais técnica e potente parecem ter dado aos Six Feet Under o seu primeiro trabalho de alta qualidade. São doze temas que cospem fogo através de um caótico Death Metal com mais intensidade no Groove do que propriamente velocidade e técnica... Se bem que este consegue ser o trabalho mais veloz e técnico comparando com todos os anteriores, há bastantes blast beats na bateria até (e muito bons) que é coisa que antes não havia.
A voz de Barnes, tal como as suas letras, continuam "brutalíssimas" como sempre, só que desta vez ele conta com temas bem melhores para colocar as suas letras diabólicas e vozes ultra-guturais em cima.
Comparar o "Undead" a álbuns como "13" e "Bringer of Blood" é quase impossível... Sem dúvida que é bastante superior. A mudança de line-up pareceu então favorecer e muito os Six Feet Under. É pena Rob Arnold ter saído do grupo imediatamente depois deste disco, pois parece ter sido ele o principal responsável pela qualidade deste trabalho com o seu excelente trabalho de guitarras.
Pontos altos: "Frozen At The Moment of Death", "Formaldeyde", "18 Days", "Blood On My hands", "Delayed Combustion Device"
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