20/03/2013

MY DYING BRIDE - Symphonnaire Infernus Et Spera Empyrium EP (1992) [8/10]

Uma orquestra negra: Os primórdios anos dos My Dying Bride.

Os mais recentes fãs dos My Dying Bride provavelmente desconhecem estes primeiros primórdios registos da banda, em que o Doom Metal que tão bem os caracteriza ainda não era assim tão defino, havendo ainda muita mistura com old school Death Metal. Ainda vulgarmente desconhecidos, este primeiro sinistro EP de três temas “Symphonnaire Infernus Et Spera Empyrium” saiu pela Peaceville Records antes do álbum de estreia que dei uma maior exposição à banda.

O primeiro tema com o mesmo título do EP abre numa ambiência muito boa totalmente sinfónica que cedo é acompanhada peso lento, arrastado, demoníaco e depressivo dos My Dying Bride. Uma verdadeira orquestra negra comandada por uma excelente voz gutural. São quase 12 minutos de um “sofrimento” sem fim.

“God is Alone” é 100% Death Metal, começa com um berro gutural cheio de veneno para igualar todo o peso e raiva transmitida pelo instrumental. Nada aqui é perto de Doom, até blastbeasts são ouvidos aqui. Uma faceta que apenas encontramos nestes primórdios My Dying Bride, que depois focaram-se sem dúvida na sua mais conhecida faceta Doom, tornando-se uns pioneiros do estilo.

“De Sade Soliloquay” começa novamente mais Doom mas mais à frente o Death volta a prevalecer, substituindo a pesada lentidão por riffs mais velozes e furiosos. O tema encerra assim este trabalho de muita dor.

A belíssima voz limpa de Aaron Stainthorpse ainda não estavam em vigor aqui, só há registos guturais neste curto mas muito promissor primeiro EP das lendas My Dying Bride. Este EP é uma importante parte da longa história discográfica desta respeitadíssima banda.

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