Os mais recentes fãs dos My Dying Bride provavelmente desconhecem
estes primeiros primórdios registos da banda, em que o Doom Metal que tão bem os
caracteriza ainda não era assim tão defino, havendo ainda muita mistura com old
school Death Metal. Ainda vulgarmente desconhecidos, este primeiro sinistro EP
de três temas “Symphonnaire Infernus Et Spera Empyrium” saiu pela Peaceville
Records antes do álbum de estreia que dei uma maior exposição à banda.
O primeiro tema com o mesmo título do EP abre numa ambiência
muito boa totalmente sinfónica que cedo é acompanhada peso lento, arrastado, demoníaco
e depressivo dos My Dying Bride. Uma verdadeira orquestra negra comandada por
uma excelente voz gutural. São quase 12 minutos de um “sofrimento” sem fim.
“God is Alone” é 100% Death Metal, começa com um berro
gutural cheio de veneno para igualar todo o peso e raiva transmitida pelo
instrumental. Nada aqui é perto de Doom, até blastbeasts são ouvidos aqui. Uma
faceta que apenas encontramos nestes primórdios My Dying Bride, que depois
focaram-se sem dúvida na sua mais conhecida faceta Doom, tornando-se uns
pioneiros do estilo.
“De Sade Soliloquay” começa novamente mais Doom mas mais à
frente o Death volta a prevalecer, substituindo a pesada lentidão por riffs
mais velozes e furiosos. O tema encerra assim este trabalho de muita dor.
A belíssima voz limpa de Aaron Stainthorpse ainda não
estavam em vigor aqui, só há registos guturais neste curto mas muito promissor
primeiro EP das lendas My Dying Bride. Este EP é uma importante parte da longa história
discográfica desta respeitadíssima banda.
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