Apesar de serem uns ícones pioneiros do Industrial Metal, dos Ministry pouco mais conheço além deste álbum ao vivo. É o único que possuo deles e por algum motivo nunca me deu vontade de os tentar aprofundar a vasta discografia muito profundamente.
Todos os temas aqui são gravados ao vivo, mas não se trata de um concerto gravado do inicio ao fim. Todas as músicas são gravadas em localidades diferentes, desde Paris até Londres. Porém, pelo alinhamento dos temas, dá-nos a ideia que estamos a ouvir tudo como se fosse o mesmo concerto, e talvez seja a ideia que os Ministry queriam dar. Por raramente se ouvir o público ou interacção com o mesmo, isto danos até por vezes a sensação que estamos a ouvir um álbum gravado em estúdio.
De resto, somos bombardeados com temas que na sua maioria são longos, arrastados, lentos mas pesados, com inclusão de muitos samples esquizofrénicos e vocalizações sinistras... As cordas e percussão criam igualmente uma ambiência completamente caótica e "terrorenta". "Psalm 69" e "Filth Pig" são dois dos temas que mais gostei aqui e aparentemente são também dois clássicos desta banda estranha, que por vezes tanto agrada e por outras vezes soa-nos inofensiva e capaz de não nos causar grande reacção. "Just 1 Fix" é outro grande êxito da banda e lembra-me até um pouco os Rammstein que devem ter usado os Ministry como fonte de inspiração.
Mas é lá para o fim que chega aquele tema que gostei mais, o meu preferido dos Ministry de tudo o que conheço deles... "Scarecrow". Alguns podem achar um tema de oito minutos bastante repetitivo e chato, eu acho-o bastante conseguido e têm uma ambiência doentia e muito bem conseguida. Tudo neste tema soa-nos obscuro e sugestivo. É de facto "estranhamente" bom.
Tirando este último tema referido, nada me prende muito atenção aqui. Não que não seja bom, mas de facto os Ministry não me conseguiram cativar muito até agora. Ainda não os compreendi, talvez precise de os aprofundar mais. "Not my cup of tea", o que pode vir a mudar talvez.
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