"Um desejo de morte..."
Este é o segundo álbum longa-duração dos Anathema e o primeiro com o guitarrista Vincent Cavanagh a assumir também o papel de vocalista após a saída de Darren White, que deu voz aos anteriores "Crestfallen" (EP), "Serenades" (album) e "Pentecost III" (EP).
Apesar da mudança para o vocalista que ainda hoje se mantém, os Anathema ainda estavam longe da sonoridade actual e mantinham o seu peso Doom, se bem com elementos mais melódicos que os anteriores trabalhos. Vicent assumiu muito bem o novo papel, com umas vocalizações agressivas e arrastadas com a introdução de algumas spoken words na mesma onda de Darren. Só nos discos seguintes é que ele mostraria a sua voz limpa muito boa, aqui os Anathema ainda estavam "pesados".
Além de melhor produzido que o primeiro álbum "Serenades", a banda mostra também uma maturidade superior com composições longas de alta qualidade e cheias de sentimento. Existe muito peso arrastado do Doom Metal e até algumas influências de Gothic (a lembrar uns Paradise Lost antigos em algumas partes), mas há também muita melodia fenomenal nas guitarras e ambiências arrepiadoras provocadas pelo EBow que tanto gostam de usar. Apesar de ainda bastante pesado, nota-se uma "desaceleração" no peso, uma ligeira mutação para perspectivas mais melódicas que iriam "sugar" os Anathema posteriormente.
"Relentless Oblivion", a balada "Alone..." e "A Dying Wish" são os meus temas preferidos num álbum em que todos eles são de valor.
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