Nada de especial, inferior ao primeiro.
Depois do primeiro disco
"Inflickted", os reunidos irmãos Cavalera que muita fama ganharão na
formação dos Sepultura (e em toda a controvérsia com a saída depois do
Max e das suas brigas) regressam com o segundo álbum "Blunt Force
Trauma". Max Cavalera é provavelmente um dos músicos mais produtivos do
heavy metal da actualidade, este "Blunt Force Trauma" foi lançado meses
depois de "Omen" de Soulfly, e já o primeiro "Inflickted" tinha saído no
mesmo ano em que saiu "Conquer" de Soulfly. Mas, embora deteste frases
feitas: "quantidade não é qualidade".

Uma
das coisas que rapidamente me apercebi é que não gosto do trabalho de
produção. As guitarras estão algo abafadas, o baixo é por vezes
inaudível e a bateria não está no seu melhor. Apenas a voz soa ao mesmo
Max Cavalera de sempre. Em termos de produção, o primeiro álbum de
Cavalera Conspiracy soa-me bastante melhor, o que é estranho (visto que
ambos os álbuns foram gravados no mesmo estúdio e com o mesmo produtor
Logan Mader).
"Warlord"
abre bem o disco com um riff simples e catcky à moda de Max, mas depois
de várias audições o tema passa a ser um pouco monótono. Na curtíssima
"Torture" e partes da "Thrasher" é possível ver ali umas influencias
nuns riffs mais inclinadas para o Death Metal, direcção que Max
aparentemente tomou depois para o novo álbum dos Soulfly "Enslaved". O
tema "Lynch Mob" conta com participação de Roger Miret (dos Agonistic
Front), e a sua voz esganiçada dão uma ambiência mais hardcore a este
tema, que misturado com o Groove no refrão, faz deste tema um dos mais
memoráveis (dos poucos que aqui há). "I Speak hate" começa todo melódico
mas é no refrão que a música faz jus ao nome e se sobressai. O single
"Killing Inside" fica realmente entranhado na memória, mas não quer
dizer que isso seja sempre bom... na realidade não acho o tema nada de
especial.
Tudo
o resto soa-me a temas para encher chouriço, não há nada aqui que me
faça querer voltar a ouvir muita vez, é apenas um razoável álbum Groove
com pitadas Thrash, Death e hardcore, com uns solos engraçados do
talentoso Marc Rizzo, e com os irmãos Cavalera a soarem um pouco
desinspirados aqui. A entrada de um novo baixista aqui e a saída do
excelente músico Joe Duplantier (frontman dos Gojira) do baixo talvez
tenha ajudado para esta perda de qualidade. O primeiro álbum
"Inflickted" soou-me melhor que este "Blunt Force Trauma".
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