14/03/2013

CAVALERA CONSPIRACY - Blunt Force Trauma (2011) [6.5/10]

Nada de especial, inferior ao primeiro. 

Depois do primeiro disco "Inflickted", os reunidos irmãos Cavalera que muita fama ganharão na formação dos Sepultura (e em toda a controvérsia com a saída depois do Max e das suas brigas) regressam com o segundo álbum "Blunt Force Trauma". Max Cavalera é provavelmente um dos músicos mais produtivos do heavy metal da actualidade, este "Blunt Force Trauma" foi lançado meses depois de "Omen" de Soulfly, e já o primeiro "Inflickted" tinha saído no mesmo ano em que saiu "Conquer" de Soulfly. Mas, embora deteste frases feitas: "quantidade não é qualidade".

Uma das coisas que rapidamente me apercebi é que não gosto do trabalho de produção. As guitarras estão algo abafadas, o baixo é por vezes inaudível e a bateria não está no seu melhor. Apenas a voz soa ao mesmo Max Cavalera de sempre. Em termos de produção, o primeiro álbum de Cavalera Conspiracy soa-me bastante melhor, o que é estranho (visto que ambos os álbuns foram gravados no mesmo estúdio e com o mesmo produtor Logan Mader).

"Warlord" abre bem o disco com um riff simples e catcky à moda de Max, mas depois de várias audições o tema passa a ser um pouco monótono. Na curtíssima "Torture" e partes da "Thrasher" é possível ver ali umas influencias nuns riffs mais inclinadas para o Death Metal, direcção que Max aparentemente tomou depois para o novo álbum dos Soulfly "Enslaved". O tema "Lynch Mob" conta com participação de Roger Miret (dos Agonistic Front), e a sua voz esganiçada dão uma ambiência mais hardcore a este tema, que misturado com o Groove no refrão, faz deste tema um dos mais memoráveis (dos poucos que aqui há). "I Speak hate" começa todo melódico mas é no refrão que a música faz jus ao nome e se sobressai. O single "Killing Inside" fica realmente entranhado na memória, mas não quer dizer que isso seja sempre bom... na realidade não acho o tema nada de especial.

Tudo o resto soa-me a temas para encher chouriço, não há nada aqui que me faça querer voltar a ouvir muita vez, é apenas um razoável álbum Groove com pitadas Thrash, Death e hardcore, com uns solos engraçados do talentoso Marc Rizzo, e com os irmãos Cavalera a soarem um pouco desinspirados aqui. A entrada de um novo baixista aqui e a saída do excelente músico Joe Duplantier (frontman dos Gojira) do baixo talvez tenha ajudado para esta perda de qualidade. O primeiro álbum "Inflickted" soou-me melhor que este "Blunt Force Trauma".

Sem comentários:

Enviar um comentário