17/03/2013

CRADLE OF FILTH - Bitter Suites To Succubi (2001) [8/10]

Toda a esperança no eclipse.

"Bitter Suites To Succubi" é levado pela banda como um EP e não álbum, apesar de incluir 10 temas e 50 minutos de duração. Alegadamente iria incluir apenas 6 temas novos, mas a banda decidiu incluir também 3 regravações de temas antigos e uma cover, tornando isto algo um pouco longo para ser visto como um EP. Sabe-me a algo mais do que isso, sabe-me como um álbum, mas mais importante que estas denominações são os temas aqui incridos.

"Sin Deep My Wicked Angel" é o tema que abre o álbum, uma típica introdução instrumental de teclado muito "terrorenta" à boa moda dos Cradle of Filth. Segue-se "All hope in eclipse", um excelente novo tema longo e completo, que segue na linha do anterior álbum "Midian", possuidor de um som sempre caótico e com excelentes passagens e ambiências de teclado, acompanhados pelo extremo instrumental e únicas vocalizações de Dani Filth. "Born in a Burial Gown" é igualmente um muito bom novo tema e ao contrário do anterior que começa mais lento e arrastado, inicia logo em máxima potência. Até aqui está tudo a cheirar optimamente bem. De mais temas originais novos temos também a mais melódica "Suicide and Other Comforts" que começa em jeito de balada e progressivamente vai-se acrescendo toda a demência, "Dinner at Devian'ts Palace" que é novamente mais um tema apenas instrumental com umas sinistras e características ambiências, e por último, temos aquele que encerra o álbum "Scorched Earth Erotica", bastante entranhante e possuidor de bons riffs de guitarra (embora não seja o melhor que aqui ouvi).

Terminando a conversa dos novos temas originais, temos aqui também "No Time To Cry", uma interessante cover dos Sisters of Mercy. Nunca tinha gostado do tema quando primeiramente o ouvi, talvez por não ter aquele peso que os Cradle nos habituaram e mais provavelmente por ser um puto de 14 ou 15 anos. Hoje em dia apercebo-me que é uma engraçada e improvável cover.

"Summer Dying Fast", "The Principle of Evil Made Flesh" e "The Black Goddess Rises II" não são temas novos mas sim regravações de temas do primeiro álbum de 1994. A banda quis aqui dar o benefício de uma moderna e melhor produção aos três clássicos. Não vejo nada de mal nisso. Gosto da frieza e crueza das suas versões originais, mas estas versões estão também bem executadas e conseguidas.

E mais uma vez os Cradle brindam-nos com um bom álb... Correcção: suposto EP mais completo. Na minha opinião isto deveria ter sido considerado como o novo álbum sucessor a "Midian", tinha qualidade para isso.

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