25/03/2013

MOONSPELL - The Antidote (2003) [8/10]

Uns Moonspell inspirados e mais pesados.

Este foi para mim um regresso bastante positivo dos “nossos” Moonspell mais pesados. O anterior “Darkness And hope” foi sem dúvida um bom disco mas continuou numa linha mais melódica, pausada e experimental dos Moonspell, tal como os anteriores “The Butterfly Effect” e “Sin/Pecado”. Aqui em “The Antidote” o peso e velocidade estão de volta e em grande. 

Os riffs de guitarra estão 50% melódicos 50% agressivos e a bateria ganhou sem dúvida um novo dinamismo com a velocidade geral das músicas e com o uso frequente de double-bass que já não era ouvido há um bom tempo nos temas dos Moonspell. 

Outra das novidades é a agressividade da voz de Fernande Ribeiro, os “berros” estão de volta em muito maior número do que anteriormente. Continua ainda a haver bastante uso das vozes cleans e “spoken words” sussurrados, mas é bastante notável o uso de muito mais voz gutural. Toda a voz aqui soa muito bem e em grande forma, tal como os riffs de guitarras que nos soam bastante inspirados e intensos… E intensidade e peso são coisas que tinham sido um pouco perdidas pelo caminho nos anteriores trabalhos.

Uma coisa que continua intocável é toada aquela ambiência gótica característica da banda… Apesar da dose de peso acrescentada, aquela mística “Moonspell” contínua em vigor.

“In And Above Man” é uma excelente faixa de abertura que nos faz rapidamente notar a nova direção mais pesada dos Moonspell. “From Lowering Skies” tem uma precursão em alta e uma toada muito atmosférica e cinematográfica. 

“Everything Invaded” é carregado de peso e melodia. É um excelente exemplo de como as guitarras estão em alta, com riffs “melódicópesados” e um solo bastante conseguido. O melhor tema do disco. 

“Southern Deathstyle” à semelhança do tema de abertura é bem pesado e igualmente bom. O tema-título “Antidote” é uma espécie de balada, excelente harmonia e refrão. Lembra-me a fantástica “Nocturna” do anterior álbum “Darkness and hope”. 

“Capricorn At her Feet” são também uns Moonspell cheios de inspiração a destilar um tema harmoniosamente pesado. “Lunar Still” é talvez aquele mais “terrotento”. Conta com uma introdução longa e sinistra de apenas teclado no início (à laia de uns Cradle of Filth), até vir a ser acompanhado pela voz e pelo instrumental que consiste apenas num único Riff de guitarra e desaparece depois em fade out.

“Walk on the Darkside” é totalmente rockeiro e menos metálico, uma boa malha. “Crystal Gazing” continua a destilar peso e melodia característicos dos lusitanos e “As We Eternally Sleep On It” fecha a coisa numa ambiência mais atmosférica. 

Vejo esta mudança para um som mais pesado como um movimento de carreira necessário e conseguido dos Moonspell. Ainda se mantém actualmente assim. "The Antidote" é um álbum bastante bom, um dos meus preferidos da banda que tanto orgulho dá aos portugueses.

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